Venezuela | Caracas e Isla Margarita

sábado, 4 de abril de 2009


No dia seguinte (31/03), partiríamos para Caracas, na Venezuela. Lá, o relógio marca apenas uma hora a menos que o Brasil. Saímos de Cartagena às 11h30, passando novamente por Bogotá e chegamos à capital venezuelana ao final da tarde. Decidimos ir direto para a Isla (ilha) Margarita. Reservaríamos o último dia da viagem para Caracas. Nesse caso, fomos ao centro de informações e descobrimos que às 19h saía um avião para a ilha. Por nossa sorte, o aeroporto com voos locais fica ao lado do internacional. Caminhamos até lá com nossas mochilas e compramos as passagens. Várias empresas voam para o local, mas a Venezolana parece ser a mais barata. Os preços variam de 181,80 a 237,62 pesos bolivarianos (de 33 a 43 dólares), dependendo do horário do voo.

Uma importante dica para quem pretende aventurar-se na Venezuela é que troque o dinheiro com os cambistas (no câmbio paralelo), que estão dentro ou fora do aeroporto. A diferença de valor para o câmbio oficial é incrível. No oficial, 1 dólar valia 2 mil novos pesos bolivarianos (moeda local). No paralelo, trocamos por 4 mil e até 5 mil. No centro de Caracas ou na ilha, o câmbio é melhor ainda. Encontramos até por 6 mil. Sendo assim, é melhor trocar o dinheiro antes de comprar a passagem. Se você pagar no cartão, a conversão é feita pelo câmbio oficial e você acaba pagando mais caro. Depois de comprar a passagem, tem que pagar a taxa de embarque.
O voo dura 40 minutos. O aeroporto é diferente, estilo rústico, bem apropriado para um local de praia. A ilha é gigante, com 934 quilômetros quadrados, 160 Km de litoral e uma população de 360.000 habitantes. Sua capital é La Asunción e suas principais cidades: Pampatar e Porlamar. Na primeira noite, dormimos em Porlamar, no hotel Boulevard (diária para casal a 85 pesos ou US$ 16). Mais uma vez, havíamos chegado tarde e estávamos cansados para procurar algo melhor. O local é feio e muito barulhento, além de ficar afastado das praias. Se puder evitar, passe bem longe.

As melhores praias são: El Agua, Parguito (boa para surfistas), Guayacán (quase deserta, cercada de montanhas, muito bonita), Manzanillo, Zaragoza, Caribe, La Galera, El Yaque (a apenas 7 Km do aeroporto de Porlamar e com boa estrutura de hotéis, é o paraíso para os praticantes de windsurf e de kitesurf, com uma escolinha no local), Guacuco (6 Km de fina areia avermelhada), Punta Arenas, Arenas, Bella Vista, Moreno, El Tirano, La Isleta.
Ficamos hospedados no Hotel Palm Beach (diária de 180 pesos ou US$ 35), na praia El Agua, a poucos metros da praia. Há até um carro que nos leva até lá caso não se queira ir andando. O hotel é ótimo, oferece café, almoço e jantar, como todos da região. A distância de tudo exige que seja assim. Pensávamos que a ilha tivesse uma estrutura melhor, mas há muitos locais desabitados ainda. Terrenos baldios e lixo na rua tornam o lugar menos atrativo.

Não recomendamos a Hesperia Isla Margarita: o hotel se diz 5 estrelas, mas é velho, decadente, mais afastado ainda da área de hotéis e o atendimento é bem ruim.
O Flamingo Beach, próximo ao nosso hotel é recomendável, apenas mais caro.
Na praia de El Yaque, indicamos o hotel El Yaque Paradise (58-295 – 263.9810/9418), de frente para a praia, onde a diária vai de 170 a 250 pesos (31 a 46 dólares). E o Hotel Surf Paradise, diária para casal por 60 dólares.
Para conhecer outras praias, combinamos um tour com um taxista. As distâncias entre as praias são grandes e o trânsito é bem caótico.
Para ir a El Yaque, por exemplo, pegamos um transporte coletivo (passagem 3,50 pesos bolivarianos ou US$ 0,60) até Porlamar. De lá, pegamos um táxi, o que ficou bem mais barato (40 pesos ou US$ 7). Depois de pegar praia em El Yaque, fomos de táxi para o Parque Nacional Laguna La Restinga – criado em 1974, a zona liga as duas partes da ilha. A corrida custou 60 pesos ou US$ 11. É sempre bom lembrar: pechinche sempre, principalmente com os taxistas. Não faltam táxis nas ruas. Ao contrário, há em excesso.
O barco para passear na laguna custa 80 pesos bolivarianos (US$ 14,50 o barco) por meia hora de passeio ou 100 (US$ 18,20) por uma hora. O passeio menor já é suficiente para um turista brasileiro. Muita água, muito verde, muitos manguezais, uma rica fauna e uma praia que se esconde atrás da vegetação. O que mais impressiona é a quantidade de ostras na região. Creio que deva encantar mais os turistas gringos.
Agências de turismo oferecem passeios em jipes 4 X 4, durante todo o dia, visitando várias praias e, também, a La Restinga.
Toda vez que conhecemos um lugar, gostamos de olhar os cartões-postais para buscar os melhores locais a serem visitados e verificar se algum ainda não está incluído no nosso roteiro. No caso da Venezuela, descobrimos que as praias mais belas estão em outra ilha: Los Roques. Além de 42 ilhotas, o arquipélago tem 250 bancos de areia, recifes, sedimentos calcários isolados no Atlântico, piscinas naturais, peixes multicoloridos e corais. Por isso, é considerado um paraíso para mergulhadores. A única ilha povoada é Gran Roque, onde fica o aeroporto. Infelizmente, já era hora de voltar para Caracas. Ficará para a próxima.

Acordamos às 4h30 da manhã para pegar um táxi (corrida de 75 pesos ou US$ 14) ao aeroporto que fica bem distante da playa El Agua, onde estávamos (meia hora de táxi, isso sem tráfego). O voo para Caracas, em 03 de abril, saía às 7h. Teríamos um dia inteiro para conhecer a capital. Na verdade, o aeroporto fica na cidade próxima: Maiquetía. Até o hotel Gabial (Av. Las Acacias, Sabana Grande), onde nos hospedamos, o táxi cobrou 140 pesos (US$ 25,50). Mas, na verdade, valia 110 (US$ 20), que foi o que pagamos no dia seguinte para voltar ao aeroporto. O trânsito é terrível e as buzinas são um barulho constante na cidade. Nessa área é onde ficam os hotéis mais baratos.

O melhor meio de se locomover é de metrô. São 3 linhas identificadas por cor e número: 1, laranja, a mais central de todas; 2, verde; 3, azul. A passagem custa 2 pesos bolivarianos, em torno de US$ 40. É barato e eficiente. A primeira viagem foi para a parte antiga. Pegamos o metrô na Estação Plaza Venezuela (uma das principais), linha laranja, com direção a Propatria e descemos na Estação Capitolio. Pouco se preservou da sua arquitetura colonial. Ao redor da Plaza Bolivar (onde há uma estátua de Simón Bolivar a cavalo feita na Europa em 1874), há a Catedral Metropolitana, reconstruída em 1812; a original ruíra em 1641. Nas proximidades da praça, há o Capitolio Nacional (erguido em 1877 e contém mais de 50 pinturas de artistas venezuelanos) e a Iglesia San Francisco (reconstruída em 1641 e conhecida como o lugar onde Simón Bolivar foi condecorado como El Libertador).

Visitamos a Casa Natal de Bolívar, a duas quadras a leste da Iglesia San Francisco. Trata-se da reconstrução da casa onde nasceu o libertador, a 24 de julho de 1783. O prédio original foi destruído por um terremoto. Contém pinturas de cenas heróicas e de sua vida. Simon Bolívar comandou as revoluções que libertaram a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Bolívia, em 1811, da dominação espanhola. A entrada na casa (museu) é gratuita.
Também pela linha laranja, descendo na Estação Bellas Artes, chega-se ao prédio mais alto da capital (56 andares). São duas torres. A entrada é informal. Suba em uma delas e converse com um funcionário dizendo que quer tirar fotos da vista da cidade. Nós tivemos sorte. Um rapaz nos levou para um andar onde era possível avistar Caracas de todos os lados. Lá de cima, podemos ver o quanto a cidade cresceu desordenadamente. A população já passa dos 4,5 milhões.
Alguns bairros bons na cidade são: Las Mercedes, Sabana Grande e Altamira (todos acessíveis de metrô), com prédios comerciais e residenciais modernos, cafés, restaurantes e shoppings. Voltamos ao hotel no final da tarde. Tínhamos que dormir cedo para acordar às 4h da madrugada. Agendamos com um taxista que trabalha para o hotel, o que é mais seguro (como já falei acima, a corrida custou 20 dólares). O aeroporto é longe e no voo internacional é necessário chegar com 3 horas de antecedência. O avião saía às 7h50 para Brasília (no dia 04 de abril), com escala em Manaus e conexão em São Paulo.
Nessa época do ano em que viajamos (março-abril), a temperatura é boa. Só pegamos um pouco de frio em Cuzco, no Peru, devido à altitude.
Algo comum a todos os hotéis é a TV a cabo. Para eles é bem comum. A internet também é oferecida na maioria. Mas água quente (caliente) não se encontra em qualquer um. Por isso, pergunte antes.
Voamos pelas empresas aéreas TAM, Taca, LAN e Avianca.
Mais uma viagem... Rever as fotos e escrever sobre nosso dia-a-dia de turista é sempre um prazer. Se você se aventurar por esses destinos, boa viagem!

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