Venezuela | Caracas e Isla Margarita

sábado, 4 de abril de 2009


No dia seguinte (31/03), partiríamos para Caracas, na Venezuela. Lá, o relógio marca apenas uma hora a menos que o Brasil. Saímos de Cartagena às 11h30, passando novamente por Bogotá e chegamos à capital venezuelana ao final da tarde. Decidimos ir direto para a Isla (ilha) Margarita. Reservaríamos o último dia da viagem para Caracas. Nesse caso, fomos ao centro de informações e descobrimos que às 19h saía um avião para a ilha. Por nossa sorte, o aeroporto com voos locais fica ao lado do internacional. Caminhamos até lá com nossas mochilas e compramos as passagens. Várias empresas voam para o local, mas a Venezolana parece ser a mais barata. Os preços variam de 181,80 a 237,62 pesos bolivarianos (de 33 a 43 dólares), dependendo do horário do voo.

Uma importante dica para quem pretende aventurar-se na Venezuela é que troque o dinheiro com os cambistas (no câmbio paralelo), que estão dentro ou fora do aeroporto. A diferença de valor para o câmbio oficial é incrível. No oficial, 1 dólar valia 2 mil novos pesos bolivarianos (moeda local). No paralelo, trocamos por 4 mil e até 5 mil. No centro de Caracas ou na ilha, o câmbio é melhor ainda. Encontramos até por 6 mil. Sendo assim, é melhor trocar o dinheiro antes de comprar a passagem. Se você pagar no cartão, a conversão é feita pelo câmbio oficial e você acaba pagando mais caro. Depois de comprar a passagem, tem que pagar a taxa de embarque.
O voo dura 40 minutos. O aeroporto é diferente, estilo rústico, bem apropriado para um local de praia. A ilha é gigante, com 934 quilômetros quadrados, 160 Km de litoral e uma população de 360.000 habitantes. Sua capital é La Asunción e suas principais cidades: Pampatar e Porlamar. Na primeira noite, dormimos em Porlamar, no hotel Boulevard (diária para casal a 85 pesos ou US$ 16). Mais uma vez, havíamos chegado tarde e estávamos cansados para procurar algo melhor. O local é feio e muito barulhento, além de ficar afastado das praias. Se puder evitar, passe bem longe.

As melhores praias são: El Agua, Parguito (boa para surfistas), Guayacán (quase deserta, cercada de montanhas, muito bonita), Manzanillo, Zaragoza, Caribe, La Galera, El Yaque (a apenas 7 Km do aeroporto de Porlamar e com boa estrutura de hotéis, é o paraíso para os praticantes de windsurf e de kitesurf, com uma escolinha no local), Guacuco (6 Km de fina areia avermelhada), Punta Arenas, Arenas, Bella Vista, Moreno, El Tirano, La Isleta.
Ficamos hospedados no Hotel Palm Beach (diária de 180 pesos ou US$ 35), na praia El Agua, a poucos metros da praia. Há até um carro que nos leva até lá caso não se queira ir andando. O hotel é ótimo, oferece café, almoço e jantar, como todos da região. A distância de tudo exige que seja assim. Pensávamos que a ilha tivesse uma estrutura melhor, mas há muitos locais desabitados ainda. Terrenos baldios e lixo na rua tornam o lugar menos atrativo.

Não recomendamos a Hesperia Isla Margarita: o hotel se diz 5 estrelas, mas é velho, decadente, mais afastado ainda da área de hotéis e o atendimento é bem ruim.
O Flamingo Beach, próximo ao nosso hotel é recomendável, apenas mais caro.
Na praia de El Yaque, indicamos o hotel El Yaque Paradise (58-295 – 263.9810/9418), de frente para a praia, onde a diária vai de 170 a 250 pesos (31 a 46 dólares). E o Hotel Surf Paradise, diária para casal por 60 dólares.
Para conhecer outras praias, combinamos um tour com um taxista. As distâncias entre as praias são grandes e o trânsito é bem caótico.
Para ir a El Yaque, por exemplo, pegamos um transporte coletivo (passagem 3,50 pesos bolivarianos ou US$ 0,60) até Porlamar. De lá, pegamos um táxi, o que ficou bem mais barato (40 pesos ou US$ 7). Depois de pegar praia em El Yaque, fomos de táxi para o Parque Nacional Laguna La Restinga – criado em 1974, a zona liga as duas partes da ilha. A corrida custou 60 pesos ou US$ 11. É sempre bom lembrar: pechinche sempre, principalmente com os taxistas. Não faltam táxis nas ruas. Ao contrário, há em excesso.
O barco para passear na laguna custa 80 pesos bolivarianos (US$ 14,50 o barco) por meia hora de passeio ou 100 (US$ 18,20) por uma hora. O passeio menor já é suficiente para um turista brasileiro. Muita água, muito verde, muitos manguezais, uma rica fauna e uma praia que se esconde atrás da vegetação. O que mais impressiona é a quantidade de ostras na região. Creio que deva encantar mais os turistas gringos.
Agências de turismo oferecem passeios em jipes 4 X 4, durante todo o dia, visitando várias praias e, também, a La Restinga.
Toda vez que conhecemos um lugar, gostamos de olhar os cartões-postais para buscar os melhores locais a serem visitados e verificar se algum ainda não está incluído no nosso roteiro. No caso da Venezuela, descobrimos que as praias mais belas estão em outra ilha: Los Roques. Além de 42 ilhotas, o arquipélago tem 250 bancos de areia, recifes, sedimentos calcários isolados no Atlântico, piscinas naturais, peixes multicoloridos e corais. Por isso, é considerado um paraíso para mergulhadores. A única ilha povoada é Gran Roque, onde fica o aeroporto. Infelizmente, já era hora de voltar para Caracas. Ficará para a próxima.

Acordamos às 4h30 da manhã para pegar um táxi (corrida de 75 pesos ou US$ 14) ao aeroporto que fica bem distante da playa El Agua, onde estávamos (meia hora de táxi, isso sem tráfego). O voo para Caracas, em 03 de abril, saía às 7h. Teríamos um dia inteiro para conhecer a capital. Na verdade, o aeroporto fica na cidade próxima: Maiquetía. Até o hotel Gabial (Av. Las Acacias, Sabana Grande), onde nos hospedamos, o táxi cobrou 140 pesos (US$ 25,50). Mas, na verdade, valia 110 (US$ 20), que foi o que pagamos no dia seguinte para voltar ao aeroporto. O trânsito é terrível e as buzinas são um barulho constante na cidade. Nessa área é onde ficam os hotéis mais baratos.

O melhor meio de se locomover é de metrô. São 3 linhas identificadas por cor e número: 1, laranja, a mais central de todas; 2, verde; 3, azul. A passagem custa 2 pesos bolivarianos, em torno de US$ 40. É barato e eficiente. A primeira viagem foi para a parte antiga. Pegamos o metrô na Estação Plaza Venezuela (uma das principais), linha laranja, com direção a Propatria e descemos na Estação Capitolio. Pouco se preservou da sua arquitetura colonial. Ao redor da Plaza Bolivar (onde há uma estátua de Simón Bolivar a cavalo feita na Europa em 1874), há a Catedral Metropolitana, reconstruída em 1812; a original ruíra em 1641. Nas proximidades da praça, há o Capitolio Nacional (erguido em 1877 e contém mais de 50 pinturas de artistas venezuelanos) e a Iglesia San Francisco (reconstruída em 1641 e conhecida como o lugar onde Simón Bolivar foi condecorado como El Libertador).

Visitamos a Casa Natal de Bolívar, a duas quadras a leste da Iglesia San Francisco. Trata-se da reconstrução da casa onde nasceu o libertador, a 24 de julho de 1783. O prédio original foi destruído por um terremoto. Contém pinturas de cenas heróicas e de sua vida. Simon Bolívar comandou as revoluções que libertaram a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Bolívia, em 1811, da dominação espanhola. A entrada na casa (museu) é gratuita.
Também pela linha laranja, descendo na Estação Bellas Artes, chega-se ao prédio mais alto da capital (56 andares). São duas torres. A entrada é informal. Suba em uma delas e converse com um funcionário dizendo que quer tirar fotos da vista da cidade. Nós tivemos sorte. Um rapaz nos levou para um andar onde era possível avistar Caracas de todos os lados. Lá de cima, podemos ver o quanto a cidade cresceu desordenadamente. A população já passa dos 4,5 milhões.
Alguns bairros bons na cidade são: Las Mercedes, Sabana Grande e Altamira (todos acessíveis de metrô), com prédios comerciais e residenciais modernos, cafés, restaurantes e shoppings. Voltamos ao hotel no final da tarde. Tínhamos que dormir cedo para acordar às 4h da madrugada. Agendamos com um taxista que trabalha para o hotel, o que é mais seguro (como já falei acima, a corrida custou 20 dólares). O aeroporto é longe e no voo internacional é necessário chegar com 3 horas de antecedência. O avião saía às 7h50 para Brasília (no dia 04 de abril), com escala em Manaus e conexão em São Paulo.
Nessa época do ano em que viajamos (março-abril), a temperatura é boa. Só pegamos um pouco de frio em Cuzco, no Peru, devido à altitude.
Algo comum a todos os hotéis é a TV a cabo. Para eles é bem comum. A internet também é oferecida na maioria. Mas água quente (caliente) não se encontra em qualquer um. Por isso, pergunte antes.
Voamos pelas empresas aéreas TAM, Taca, LAN e Avianca.
Mais uma viagem... Rever as fotos e escrever sobre nosso dia-a-dia de turista é sempre um prazer. Se você se aventurar por esses destinos, boa viagem!

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Colômbia | Cartagena

segunda-feira, 30 de março de 2009


No dia 27 de março, partimos para Cartagena, na Colômbia. Saímos do México às 15h e chegamos ao novo destino às 23h30. Na Colômbia, são duas horas a menos que o Brasil. O voo teve escala em Bogotá. Lá, a segurança é maior. Abrem nossas bolsas, pedem para tirar o cinto e os sapatos antes de passar no raio x. O aeroporto de Cartagena é pequeno, mas bonitinho. Pegamos um táxi. Ao sair do aeroporto, há um guichê onde você informa o local para onde pretende ir e o atendente já informa o valor imprimindo um boleto, que deve ser apresentado ao taxista. É para ele que pagamos ao final da corrida. O nosso destino era o centro histórico.

Logo que saímos do aeroporto, já é possível avistar o mar. A temperatura é agradável. Em seguida, vimos as muralhas (são 9 km cercando a cidade).
Em 1586, Cartagena já era o maior porto do Mar do Caribe, e a coroa espanhola deu ordens de erguer a extensa barreira de pedra depois que o pirata Francis Drake manteve a cidade sob sítio. Foram dois séculos de construção. Hoje, Las Murallas circundam um dos mais belos e bem preservados conjuntos arquitetônicos coloniais do mundo, Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Ao chegarmos no centro, tivemos um pequeno problema com o taxista. A corrida valia 9.000 (US$ 4). Nós demos uma nota de 10.000 e ele quase foi embora sem o nosso troco. Tive que ganhar o troco no grito. Ainda bem que o charme da cidade compensou a raiva que passamos. À noite, é belíssima. Descemos próximos à Praça Simon Bolívar, mais conhecida como Praça da Catedral. Fomos procurar um hotel, pois não tínhamos feito reserva. O ruim é que já era mais de meia-noite (chegamos no aeroporto às 23h30) e, à noite, todas as ruas se parecem. Caminhamos um pouco até decidir pelo Hotel Central (calle de la Iglesia, nº 35-28). A senhora que nos atendeu pediu 50.000 pela noite, pechinchamos para 40.000 (US$ 19) e deu certo. Depois, descobrimos que nem isso valia. O ambiente é familiar, as donas são bem simpáticas, deixamos nossas roupas para lavar e até almoçamos peixe, no dia seguinte, no restaurante que também são das mesmas proprietárias. Mas o hotel é bem simples e um pouco escuro.
Procurando outros hotéis, vimos alguns melhores pelo mesmo preço. Quem quer algo barato, tem que procurar muito. A maioria é bem caro, estilo “spa”. Mudamos, então, para o Hotel Las Vegas de Cartagena (calle San Agustín, 608 – Telefone: 6645619). Pagamos 60.000 (US$ 27) por noite. Esse tinha ar condicionado. Nada de café da manhã. Poucos oferecem e, quando há, é apenas o café continental (café, suco, torrada ou pão, geléia e manteiga). Não vale a pena. Melhor fazer compras em um supermercado e fazer o seu café da manhã no quarto ou comer na padaria mais próxima.
A cidade está dividida entre o lado histórico e o moderno e é motivo de orgulho para os colombianos. Lá está localizada a casa do escritor Gabriel García Márquez. O ideal é ficar no bairro histórico. O lugar é bem charmoso, repleto de casas coloridas, tipicamente espanholas, com varandas repletas de flores. É comum ver casas com grandes pátios e jardins em seu interior. A muralha foi construída na época da colonização para espantar inimigos interessados no rico comércio local. É possível caminhar pela muralha e, sem dúvida, obter os melhores cenários para fotos. De cima da muralha se vê de um lado todo o mar do Caribe e a parte moderna da cidade, do outro.
Também fazem parte do cenário as “palenqueiras”, que lembram nossas baianas com suas roupas bem coloridas. Elas equilibram um tabuleiro na cabeça onde carregam os doces e guloseimas típicos da região.
O centro histórico está realmente bem conservado. Andar pelas ruas da cidade é um prazer. Reserve fôlego para caminhar bastante. Merecem destaque as seguintes igrejas: Iglesia San Pedro Claver (construída no início do século XVII pelos jesuítas, as estruturas levam o nome do defensor dos escravos que viviam em Cartagena. A fachada é imponente, feita de tijolos claros. No mesmo local também funciona o museu arqueológico da região), Iglesia Santo Toribio de Cartagena, Iglesia La Trinidad e Iglesia de la Tercera Orden; e os conventos de Santa Clara, de San Diego e de La Popa.
O Palácio de la Inquisicion (hoje museu) é um exemplo da arquitetura civil de Cartagena do século 18, com fachada barroca. Em seu interior estão distribuídos cômodos que funcionaram como celas e câmaras de tortura. A inquisição foi instaurada em Cartagena em 1610. O espaço foi utilizado até 1811 quando começou o movimento contra as prisões e os inquisidores foram expulsos.
Há, também, o Museu Naval e o Museu Del Oro.
O Teatro Heredia, construído sobre as ruínas da antiga Iglesia de La Merced de 1625, foi inaugurado em 1911. É uma bela com construção.
Depois de caminharmos bastante, pagamos um tour que saía às 13h30 (30 mil pesos colombianos, ou US$ 14 para nós dois) que levou-nos até o Castillo de San Felipe de Barajas e ate o Convento de La Popa, já que são locais mais distantes. O castelo é um dos maiores monumentos de Cartagena, considerado a melhor obra de engenharia militar espanhola na América e foi originalmente construída em 1563. Algumas modificações e ampliações ocorreram em 1657. Entre os destaques da estrutura estão a entrada principal, a Plaza de Armas e as muitas galerias subterrâneas, que antes serviram como depósito de pólvora e armas. Caminhamos por ele. O acesso é bem fácil. O convento está localizado na parte mais alta de Cartagena, o que oferece uma bela vista da cidade, do mar de Cartagena e da Ilha de Tierrabomba. Foi escolhido para a fundação do convento dos Agostinos em 1607. No interior do local, um amplo pátio em estilo espanhol. O tour só é válido porque visita esses dois locais. No retorno, não mostra praticamente nada da charmosa cidade velha. Por sorte, já tínhamos percorrido suas ruas.
A cidade é repleta de universidades, cafés, restaurantes e hotéis. Os guias ficam próximos à Torre do Relógio (Torre del Reloj), a principal entrada da cidade fundada em 1533.
Em frente a essa torre, fica o Mercado Las Bóvedas. Mais de 40 arcos formam a fachada deste ex-quartel-general, que hoje abriga lojas de artesanatos e doces colombianos. No local, o turista pode encontrar os melhores preços para comprar as famosas bonequinhas colombianas, artesanato em cerâmica e em tecidos. Próximo, fica também a bela Plaza de la Aduana.
Outra praça é a de Santo Domingo, repleta de bares e cafés. Nela encontram-se La Gorda, obra de Fernando Botero e a Iglesia de Santo Domingo. Fernando Botero é um pintor colombiano, nascido em 1932, na cidade de Medellin. E suas obras satíricas, políticos, militares e religiosos, músicos e a realeza são retratados com figuras rotundas e sem movimento, assumindo a característica de vida humana estática. De natureza humorística à primeira vista, as pinturas de Botero são geralmente um comentário social com toques políticos.
A Iglesia de Santo Domingo é a mais antiga da cidade. Em sua fachada, uma porta monumental adornada com uma imagem de Santo Domingo. No interior, os adornos seguem o estilo barroco. Os artigos mais valiosos do local são as imagens de Cristo e da Virgem Maria talhadas em madeira – ambas foram feitas no século 19.
Os guias usam um crachá de identificação. Compramos com o guia Andres (telefone: 312 6826302) também outro passeio para o dia seguinte. Fomos para Playa Blanca. O passeio para nós dois custou 50.000 ou US$ 23 (valor pago ao guia que nos dá o tíquete) e incluía almoço (peixe, arroz e salada). Mas a entrada no Parque Nacional Natural da Colômbia, na Baía de Cartagena, de onde parte o barco, é paga separadamente. Para cada um, o valor é de 5.000 (US$ 2,3).
O mar é belíssimo. Há diversas ilhotas, algumas com uma única e imensa casa. Passamos por um aquário em uma delas. A parada ali é dispensável, mas o jeito era acompanhar. Ficamos mesmo impressionados quando começamos a seguir para Playa Blanca. As águas são tão cristalinas, variando entre os tons verdes e azuis, que mal podíamos acreditar em tanta beleza. A praia é repleta de coqueiros, tem uma areia branca bem fininha e um mar bem calmo. Um verdadeiro paraíso.
Uma pena foi o tempo que ficamos lá: apenas uma hora. A distância até Cartagena é grande e tínhamos que voltar antes de anoitecer.
No dia seguinte, fomos conhecer Playa de Santa Marta, a 3 horas e meia de Cartagena. Tivemos que acordar cedo. A Van nos pegou às 6h da manhã, na Torre do Relógio. A empresa que faz o passeio é a MarSol (telefones: 6564192 / 6564270) por 74.000 (US$ 34) por pessoa, ida e volta. São 4 horas de viagem.
A praia é bonita, combinando um cenário de montanha e mar. A água é bem azul. O único problema são os vendedores que não deixam os turistas em paz.
Aos arredores, outros locais merecem ser visitados pelos turistas: Ilha da Providência, Praia de San Andrés e Praia Cristal.
Ao final do dia, retornamos. O último ônibus para Cartagena sai às 17h, da agência de turismo, mesmo local em que descemos ao chegar. São apenas 3 quadras da praia.

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México | Cidade do México, Teotihuacan e Guanajuato

sexta-feira, 27 de março de 2009


No dia 23 de março, voamos para a Cidade do México. Chegamos às 13h20. Lá, são 3 horas a menos que o Brasil. O melhor local para ficar na cidade é o Zócalo, área próxima à Praça da Constituição. É bem central e há metrô por perto. Já no aeroporto, fomos até um quiosque de informações ao turista e dali já saímos com o nosso hotel reservado. Dissemos o preço que queríamos e a atendente ligou em 3 locais. Conseguimos o Hotel Los Robles (Rua Uruguay esquina com a Rua 20 de Noviembre) por 375 pesos ou 28 dólares (diária para o casal). O hotel era ótimo (limpo) e ainda tinha internet grátis. Não faça reserva antes. Não compensa. Há muitas opções. Um táxi, do aeroporto até o centro histórico ou Zócalo, custa 120 pesos mexicanos (U$ 10 aproximadamente). Você já paga lá dentro. É mais seguro. Há 3 agências oferecendo o serviço. Pesquise os preços, há diferença no valor. Pegamos, é claro, o mais barato. O trânsito da cidade é bem louco, caótico. Buzinas para todo lado. No aeroporto ou no hotel onde for ficar hospedado, peça um mapa da cidade e um do metrô. Será muito útil, pois a cidade do México é bem grande e populosa e, de metrô, tudo fica perto e fácil de localizar. Para os que preferem maior comodidade, há o Turibus que oferece dois passeios: Centro Histórico e a Rota Sur.

Depois de nos hospedarmos e tomarmos um banho, demos início ao turismo. Já no hotel, pegamos um mapa. Com ele, tudo fica mais fácil. Começamos pelo Santuário de Guadalupe. Tem esse nome porque a Virgem Maria teria aparecido para o índio Juan Diego. Na verdade, são duas basílicas, uma do século XVIII e outra consagrada em 12 de outubro de 1976 – a moderna casa de Santa Maria de Guadalupe. A forma arquitetônica circular responde à sua função principal: acolher aos milhares e milhares de peregrinos de todas as partes do mundo que visitam “la Morenita del Tepeyac”. Fica mais afastada. Saindo do Zócalo (linha azul), pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Desça na estação Hidalgo para fazer a troca de linha. Agora, pegue a linha verde claro, sentido Índios Verdes. Desça em Deportivo 18 de Marzo para pegar a linha vermelha sentido Martín Carrera. É só uma estação até chegar a La Villa-Basílica, onde fica a Igreja. O lugar é feio e bem movimentado, repleto de feirantes e Vans que fazem transporte público. É melhor ir de dia. A basílica é imensa, dividida em duas partes. A entrada é gratuita.

Ao final do dia, ficamos no Zócalo, área próxima ao nosso hotel. A Catedral Metropolitana e o Palácio Nacional são os maiores destaques. Ficam ao redor da Praça da Constituição. A visita ao interior do palácio é gratuita. Foi erguido "em cima" de um antigo palácio asteca, abriga hoje a presidência da República e um museu onde pode-se observar os grandes afrescos de Diego Rivera. Lá, estão retratados os mais importantes eventos históricos do país. A edificação é belíssima.
No dia seguinte (24/03), de manhã cedo, pegamos o metrô no Zócalo (linha azul, sentido Cuatro Caminos), desça em Hidalgo para pegar a linha verde claro, sentido Índios Verdes, estação final. Lá, você encontrará vários ônibus fazendo a viagem até Teotihuacan (“onde os homens tornaram-se deuses”) sítio arqueológico a 40 km da Cidade do México, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987. Teotihuacan foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e seu nome é também usado para se referir à civilização desta cidade dominante, que estendeu sua influência sobre grande parte da Mesoamérica. Neste impressionante sitio arqueológico, visitamos as famosas pirâmides do Sol e da Lua, a avenida dos mortos e a citadela.

A Pirâmide do Sol é a maior das pirâmides da cidade. A sua estrutura é a mais volumosa de todo o recinto e é, também, a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exato onde o Sol se põe. Tem 65 m de altura e, no vértice superior, existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e era totalmente revestida de estuque pintado.
Estudos e escavações conduziram à descoberta de uma gruta sob a pirâmide. A partir desta gruta e através de quatro portas dispostas como pétalas de uma flor, tem-se acesso a outras tantas salas. O acesso à gruta é feito através de um poço com 7 m de altura situado junto às escadas na base da pirâmide. É possível subir até o topo.

Voltamos para a cidade do México por volta das 13h30. O ônibus passa no mesmo lugar em que descemos, em frente à entrada de Teotihuacan. Voltamos, então, para a estação Índios Verdes para pegarmos o metrô, linha verde claro, direto até a estação Coyoacán. Agora, sem baldeações. O nosso próximo destino era o Museu Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana cujos quadros representam fundamentalmente a sua experiência pessoal, em particular os aspectos dolorosos da sua vida que foi em grande parte passada na cama. Somos fã dela. Vimos o filme sobre sua vida. O museu, mais conhecido como Casa Azul, é a casa onde ela passou a infância e, depois, viveu com Diego Rivera, com quem se casou. Ele teria influenciado-a muito em sua carreira. Há inúmeros quadros e pertences. O quarto dela chama a atenção: na cabeceira da cama, fotos de Lênin, Trotski, Mao-Tsé-Tung e Stalin. A entrada custa 20 pesos e fica aberto de terça a domingo, das 10h às 17h30. Estando no Zócalo (linha azul), para chegar ao museu, pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Desça em Hidalgo para fazer a baldeação e pegue o metrô (linha verde claro), sentido Universidad. Desça em Coyoacán. Lá, pergunte para qualquer pessoa onde fica o museu. Todos indicarão o outro lado da rua para pegar um ônibus. São 5 minutos até o local.

No outro dia, fomos conhecer o Paseo de la Reforma, que é imperdível. Para chegar ao local, saindo do Zócalo (linha zul), pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Faça a baldeação na estação Tacuba, pegando a linha laranja, direção Barranca del Muerto e desça na Estação Auditório. Caminhando duas quadras, chega-se ao Parque Chapultepec, onde fica o Castillo de Chapultepec, que abriga o Museu de História Nacional do México, criado em 1938 e que por décadas serviu de residência oficial para os governadores do México. Possui cerca de 90 mil obras de arte como pintura, escultura, desenhos, numismática, documentos históricos, tecnologia, armas e indumentárias e que abrangem longo período da história do México. Sua construção é belíssima.
Como não tínhamos tempo, optamos por entrar no Museu Nacional de Antropologia e História do México, que conta com a coleção "mais rica do mundo sobre arqueologia e etnografia mexicana", e que guarda segredos do passado milenar do México, como o Calendário Asteca e a deusa Coatlicue, deusa da Terra dos Astecas. A sala dos maias é uma das mais impressionantes, já que entre suas paredes estão esteiras e pedras esculpidas de Yaxchilán e o objetos funerários de Pakal, um dos mais importantes reis de Palenque (cidade Maya). O museu completou 40 anos em 2008. A entrada custa 51 pesos ou 4 dólares. Lá, a meia entrada só vale para estudantes do México. Não deixe de visitá-lo.

Uma curiosidade: no Parque Chapultepec, há inúmeros esquilos, já acostumados com a presença humana. Tirei várias fotos, já que nunca tinha visto um antes.
Aproveitamos a estada no México para conhecer Guanajuato, Patrimônio da Humanidade desde 1987. O primeiro ônibus sai às 7h, tem que madrugar. O táxi do hotel até o Terminal Central del Norte, onde compraríamos a passagem, custou 110 pesos (ou U$ 8,50). Há duas empresas, mas apenas a Primeira Plus tem esse ônibus cedo. A cidade fica a 360 Km da capital, são 4 horas de viagem. Chegamos às 11h. A passagem custou 314 pesos (U$ 24). O ônibus oferece um lanchinho: sanduíche e suco ou água. Prática essa bem comum em toda a América do Sul. O Brasil poderia copiar o modelo, tendo em vista o preço que é cobrado nas passagens.

A prata descoberta em 1558 na Mina da Valenciana impulsionou o crescimento da cidade, transformando-a na mais rica do século XVI. Entre 1548 e 1550, o aventureiro espanhol Juan de Rayas, sedento das riquezas que rasgou a primeira mina de prata da região. Um terço de toda a prata que circulou pelo mundo nos duzentos anos seguintes saiu dali. Mas a prata esgotou-se e, como herança, restaram as mansões coloniais e as galerias das minas, uma complexa rede de túneis convertidos à função de vias de tráfego subterrâneo. São verdadeiros labirintos. Aliás, tiramos várias fotografias dessas ruas subterrâneas. Guanajuato é palco de um festival de teatro anual que presta homenagem a Cervantes.
Na verdade, a cidade nos decepcionou um pouco. A parte colonial já não está tão conservada. E falta charme à cidade. Sem cafés, bons restaurantes, cinema... Mas já que estávamos lá, vamos apresentar o que visitamos e gostamos.
Na rodoviária de Guanajuato, já fomos abordados por um simpático nativo que nos deu um mapa da cidade e ofereceu passeios para os pontos turísticos. Indicou-nos, também, o Hotel El Insurgentes, bem no centro. A diária para casal: 450 pesos (ou 35 dólares), sem café da manhã. O pgt pode ser feito em cartão de crédito, o que aliás é raro no México. Na maioria dos locais, o único cartão aceito era o American Express. Então, o ideal é levar dólares e trocar nas casas de câmbio. O táxi até o hotel custava em torno de 33 pesos. O guia perguntou-se se nos importávamos em ir de ônibus, a passagem custava 2 pesos. Que dúvida??? Entramos no ônibus.

Tomamos banho e descemos para almoçar, num restaurante quase ao lado do hotel. A Van para um dos tours oferecidos pelo guia nativo nos pegaria às 13h. O motorista era também o guia. Começamos a visita pela Mina la Valenciana, descoberta em 1558 (grandes quantidades de prata e ouro foram encontradas). No caminho, o destaque é o Hotel Castillo Santa Cecília, hotel 4 estrelas onde ficam hospedados os afortunados e os famosos. Depois, seguimos para a Igreja Templo la Valenciana, conhecida como San Caytano (templo barroco).
Guanajuato herdou dos tempos coloniais (séc. XVI) uma topografia curiosíssima, uma mão cheia de colinas semeadas de casas coloridas, de becos e ruelas com nomes pitorescos: Callejón del Beso (beco caracterizado pela suas ruas tão estreitas que deixam que as varandas das casas vizinhas se toquem permitindo a troca de beijos furtivos), onde nasceu o famoso e revolucionário pintor muralista Diego Rivera, Calle de los Cantaritos, Calle de los Pocitos ou Calle del Sol.

E se o Rio de Janeiro tem seu Cristo Redentor, Guanajuato não o faz por menos. Sobre a abóboda do Santuário de Cristo Rei, no Cerro del Cubilete, ergue-se uma estátua de Cristo Rei. A vista lá de cima é bonita. As casas coloridas ganham destaque nas fotos. Pode-se contemplar a Igreja de San Diego e sua bela arquitetura e cores. Destaque, também, para o Teatro Juárez, construído em 1903, com colunas dóricas. A poucos passos, a Basílica de Nossa Senhora de Guanajuato, o edifício central da Universidade e o adjacente Templo da Companhia, uma impressionante igreja de estilo churrigueresco (barroco mexicano). Próximo, encontra-se o Mercado Hidalgo, repleto de artesanatos e doces típicos da região. Aos fundos do Teatro Juárez, por meio de um teleférico, se chega ao monumento em memória do minerador Juan José Martínez, conhecido como “El Pipila”, de onde se pode apreciar uma vista panorâmica da cidade. Há vários mirantes na cidade. Um bastante visitado é o Cerro de San Miguel, mais afastado um pouco.

Destacam-se, a Alhóndiga de Granaditas, cenário de cruéis batalhas, durante a Guerra da Independência; o Museu e Casa de Diego Rivera, com perto de 100 obras do genial pintor; e o Museu das Múmias.
Gostamos das Galerias de la Inquisición. Esse é bem interessante e está bem caracterizado. O local ainda preserva as salas claustrofóbicas e escuras utilizadas para torturar os prováveis “hereges”. A entrada custa 35 pesos, ou seja, U$ 2,50.
No dia 26 de março, voltamos para a cidade do México. Chegando à Estação Central del Norte, pegamos um táxi até o centro histórico. Dessa vez, ficamos no Hotel Rioja (Rua 5 de Mayo), também próximo à Praça da Constituição. A viagem custou 85 pesos ou U$ 6,50 (pagos em um guichê dentro da estação). Também seria possível pegar um metrô, mas tínhamos pouco tempo. Largamos as malas no hotel (diária 20 dólares e com internet – 1 peso por 20 minutos) e fomos caminhar pé pelas ruas da cidade. Muitos museus e construções coloniais. Impossível não fotografar. Encontramos, então, o Templo Mayor.

Em 1978, durante os trabalhos de construção de uma linha de metrô que cruzava o centro da Cidade do México, foi encontrado um dos maiores sítios arqueológicos da cidade: o Templo Mayor asteca. Esse templo faz parte da antiga cidade de Tenochtitlán, que foi a capital do Império Asteca até a chegada dos colonizadores espanhóis.
Fica bem ao lado da Catedral, entre vários prédios modernos. O templo é um dos mais importantes centros de rituais e sacrifícios do mundo Asteca ampliados ao longo do tempo, desde sua primeira construção em 1325 a.C. Ainda conserva as camadas mais antigas da pirâmide, além de muitos tesouros, tais como esculturas maias, jóias de ouro ou máscaras de jade e turquesa. Desde 1987, também é possível visitar o Museo del Templo Mayor, que exibe as peças encontradas durante as escavações arqueológicas, tal como a estátua da deusa Coyolxauhqui. A entrada é gratuita para todos os estudantes: nacionais e estrangeiros. Basta apresentar a carteira de estudante.

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Peru | Lima e Cusco

segunda-feira, 23 de março de 2009


Começamos por Lima. Saímos de Brasília (DF), em 18 de março, às 5h05 da manhã, com conexão em São Paulo. Chegamos à capital peruana às 11h30 da manhã. No Peru, são duas horas a menos que no Brasil.
O Aeroporto Internacional Jorge Chavez da capital fica afastado do centro. Antes de sair do Brasil, fizemos a reserva no Hostal Residencial Roma (hostalroma@infonegocio.net.pe ou www.hostalroma.8m.com). Um motorista do hotel estava nos aguardando no aeroporto. Pelo transporte, pagamos U$ 15. Como nessa época, é baixa temporada, o preço é mais baixo. Geralmente, custaria entre U$ 17 e 20. O hotel fica próximo à Plaza Mayor, onde aconteceu a fundação da cidade em 1535, pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Na praça, ficam o Palácio Presidencial, o Palácio Municipal e a Catedral.
Ao redor, há vários restaurantes e agências de turismo. Muitas vans circulam ao redor da praça oferecendo tours. Só valeu a pena porque nos levou ao Mirante San Cristobal. Até chegar lá, as curvas são bem sinuosas e íngremes. No alto, há uma enorme cruz, construída em 1997. É o melhor local para avistar toda a cidade. Pagamos 5 soles, cada um, o que é menos de U$ 2. A moeda local é o “nuevo sole”. Quanto aos demais pontos turísticos, é possível fazer tudo a pé.
Outra praça de destaque é a San Martin, onde encontra-se o primeiro hotel construído em Lima, o Bolívar.
Locais interessantes para visitar também são a Igreja e Monastério São Francisco e o Museu de La Inquisicion. Ambos próximos à Plaza Mayor, descendo pela Calle (rua) Junín. O monastério abrigou cerca de 50 monges franciscanos por mais de 100 anos desde a sua construção, no início do século XVII.
No museu, a entrada é gratuita. Pegamos uma pequena fila (que anda rápido) para entrar. A inquisição na América do Sul durou de 1569 até 1820, quando 2.374 pessoas foram julgadas por praticarem uma outra religião que não o cristianismo. O museu conta toda essa história e possui um acervo de instrumentos de tortura utilizados para forçar as confissões dos acusados.
No dia seguinte (dia 19 de março), fomos para Cusco, considerada a cidade habitada mais antiga da América. Quando os espanhóis passaram a colonizar a região, a cidade já era capital do império inca. Alguns sustentam que foi fundada no século XII, mas provavelmente muito antes disso outros povos pré-colombianos já a habitavam. Tem, aproximadamente, 350 mil habitantes e está situada a 3.360 metros acima do nível do mar, por essa razão o clima é sempre friozinho. Por isso, é importante levar alguns casacos.
A evidência do passado de Cusco pode ser vista por todas as partes, já que muitas paredes incas permanecem intactas no centro da cidade, servindo como base para os edifícios coloniais ou modernos. Estas paredes foram construídas com pedras talhadas que se encaixam com precisão, e resistiram a muitos terremotos no decorrer dos séculos, enquanto que as estruturas erguidas pelos espanhóis sucumbiram aos mesmos sismos.
O Peru e, principalmente, Cusco têm uma infinidade de sítios arqueológicos. Frequentemente, estudiosos encontram novas ruínas de povos pré-colombinos. Assim, sempre é bom reservar um tempo maior para conhecer os principais complexos arqueológicos da região. Nos arredores da cidade, considerada a Capital Arqueológica de América, há vários. Muitas pessoas ainda falam o idioma “quéchua”, além do espanhol, claro.
O idioma “quéchua”, como linguagem oficial do império, foi imposto pelo Inca Pachacutec por volta do ano de 1400. Esta iniciativa, aliada a construção de uma extensa rede viária pavimentada que agilizou a comunicação do império, fizeram do reinado de Pachacutec o mais importante de todos.
O aeroporto é bem pequeno e já, na chegada, uma demonstração da música típica com um grupo local. A cidade é bem estruturada para o turismo. A oferta de hotéis é incrível. O melhor é pegar alguns panfletos e decidir pelo local sem a ajuda do interceptor, que vai querer ganhar algum percentual. Não aceite, também, a dica do taxista que ganha a “propina” dele se você aceitar a sua indicação. Já suba no táxi com o nome do hotel escolhido. Ao chegar ao hotel, deixe claro que o taxista não indicou o hotel, diga que você foi por conta própria. Caso contrário, sua diária ficará mais cara para cobrir a taxa que será dada ao taxista. Do aeroporto até o centro, são 10 soles (ou U$ 3). Mas, na verdade, custa 7, que foi o que pagamos para ir ao aeroporto, saindo da cidade, depois de 3 dias.
A cidade é um charme, repleta de construções coloniais típicas. A Plaza das Armas domina o cenário, com suas igrejas ao redor – La Catedral e La Compañia de Jesús. Tiramos tantas fotos que até cansamos. Elas são lindas, todas de pedra.
Nos tempos dos incas, a praça tinha o dobro do tamanho atual, e era chamada de Huacaypata. Existem ainda alguns resquícios da antiga construção inca, como o passeio Loreto, a sudeste, que era a entrada original para a Plaza de Armas.
A Catedral de Cusco foi erguida sobre as fundações do templo inca do deus Viracocha, uma obra que iniciou em 1556, sendo finalizada mais de um século depois, em 1669. Hoje é um complexo religioso abrigando duas outras igrejas: El Triunfo, à direita, a mais antiga da cidade, datada de 1536, e por onde atualmente se entra; à esquerda, a Iglesia Jesus Maria, bem "mais recente", de 1733.
Em estilo predominantemente barroco, o interior da catedral é de uma riqueza fenomenal, apresentando pinturas e objetos de arte com uma inusitada influência incaica – como a curiosa “A última Ceia”, de Marcos Zapata, próxima à sacristia. Muitas obras chamam a atenção – o altar de prata, os quadros de todos os arcebispos da sacristia, a hipnotizante pintura de Cusco sob o terremoto ocorrido em 1650 e o idolatrado El Senhor de los Tembiores (O Senhor dos Terremotos), um Cristo negro, devido às velas que eram acendidas junto a ele, a quem a religiosa população peruana venera como o guardião dos terremotos. Ainda na catedral, 10 capelas laterais e, no lado externo, podendo ser parcialmente visto da rua, o maior sino da América do Sul.
La Compañia de Jesús foi o templo colonial dos padres jesuítas, tendo iniciado sua construção em 1571, destruído pelo terremoto de 1650 e finalmente inaugurado em 1668. Com fachadas e torres barrocas, diz a lenda que os jesuítas queriam construir a mais bela igreja de Cusco, mas o bispo da cidade queria que este título continuasse pertencendo à Catedral. Assim, a questão foi encaminhada para o Papa da época decidir. Em tempos sem tecnologia e rapidez na comunicação, quando a resposta chegou, a favor da Catedral, La Compañia já estava quase pronta. Em seu interior, há pinturas, esculturas e obras sacras.
As ruas são um convite ao passeio a pé. Estreitas e de pedras, são repletas de cafés, restaurantes, lojas, feiras de artesanato, mosteiros e museus. Uma calle (rua) famosa é a Hatum, onde fica a Pedra dos 12 ângulos. Mulheres vestidas com roupas típicas bem coloridas e segurando, no colo, um filhote de lhama (ruminante típico da Cordilheira dos Andes) fazem parte do cenário. Cuidado: elas cobram para tirar foto. Portanto, seja rápido, use seu zoom e tire a foto a uma distância maior.
A rede hoteleira é excelente. Na primeira noite, ficamos no Hotel Casa Grande (na Calle Santa Catalina). Mas como não tinha calefação e a água faltava na hora do banho (ninguém merece), mudamos de hospedagem. O friozinho exige algo mais confortável. Fomos, então, para o Qori Nusta Inn, na Calle Chiwampata, 515. Diária para casal: 60 soles ou U$ 19. Bem barato, com café da manhã continental, TV a cabo, água quente e até internet livre no hotel. No anterior, pagamos mais caro: U$ 25.
Outros hotéis que indicamos (mais caro, mas se comparado aos preços no Brasil, é quase de graça) é o Hotel Plaza de Armas Cusco, localizado na esquina da praça, 3 estrelas, com café da manhã, TV a cabo, ventilador e água quente. A diária é de 60 dólares. Contato: reservas@plazadearmascusco.com. E o Andean South Inn, na Calle Tandapata, 635, Bairro de San Blas. Também oferece translado do aeroporto. Está mais no alto e suas varandas oferecem uma vista bonita da cidade. Bem limpo e novo. Contato: andeansouth@hotmail.com ou andean_south@yahoo.es.
A Igreja La Merced, construída em 1536, abriga um convento. É a terceira igreja mais importante de Cusco. Foi destruída por um terremoto em 1650 e reconstruída em 1675. Sua maior atração é a La Custodia de La Merced, custódia de ouro puro, pesando 22,25 kg e com 1m30 de altura, tendo também diamantes e pedras preciosas. Outras igrejas bonitas são: Santa Catalina e San Blas.
O Convento de Santo Domingo foi o primeiro convento dominicano no Peru. É muito belo e o interessante é que foi construído sobre o Qorikancha, o Templo do Sol, o maior templo inca em Cusco. As paredes do Qoricancha são consideradas as mais perfeitas de todas as ruínas incas, devido à absoluta perfeição de seu encaixe. Parte da edificação é inca e a outra parte, construída pelos espanhóis. Há um museu no subsolo, na lateral do convento. A entrada custa 2 soles (U$ 0,65) para estudantes.
Uma visita deve ser feita ao Museu Inka, com desenhos, maquetes e cerâmicas que ajudam a contar a história da civilização inca. O prédio do museu já é um belo exemplar inca. Tente visitá-lo de segunda à sexta (9h-17h), pois no sábado fecha mais cedo, às 16h.
A dica é adquirir o Boleto Turístico, vendido na municipalidade (centro). Um boleto completo permite visitar 16 atrações entre museus e centros arqueológicos, valendo por dez dias; as três opções de boletos parciais incluem menos atrações e são válidas só por um dia (circuito 1 e 2) e dois dias (circuito 3). Analisando pela relação custo e benefício, os boletos não são caros e saem muito mais em conta do que comprar os bilhetes de entrada de cada lugar separadamente.
Com o boleto, visitamos o Convento de Santo Domingo, por exemplo, e mais cinco sítios arqueológicos. Para quem pretende ficar mais tempo na cidade, o boleto compensa, com certeza.
Os restaurantes, com varanda, são ótimos para admirar a beleza da Plaza das Armas. Escolhemos um desses e optamos por uma truta, acompanhada de purê de batatas. Quase todos os pratos oferecem entrada (uma sopa) e salada. À noite, comemos um falafel no “Naarguila”. Foi o maior que já comemos. Inúmeros bolinhos de “húmus”, pães e acompanhamentos. Um ótimo restaurante é o Q’ori Ch’aska (significa estrela de ouro). Fica na Calle Triunfo, 350, perto da Plaza das Armas. O senhor que nos atendeu é uma simpatia. Lá comemos uma deliciosa alpaca, carne típica da região, acompanhada de batatas e salada. Como entrada, é servido milho assado. Pagamos 40 soles (U$ 13), ao todo. Um prato bastante típico é o “cuy”, uma espécie de porquinho da índia. Não experimentamos.
Depois de andar pela cidade, partimos para os sítios arqueológicos ao redor da cidade. Tivemos que optar por alguns. A paisagem, no caminho, é bela: há muito verde e é cheia de vales, serpenteados por rios.
No primeiro passeio, pagamos um taxista para ir até Moray e as Salineiras. Pagamos 80 soles (U$ 25). As entradas nesses dois locais estão incluídas no boleto turístico.
Moray (a 53 Km de Cusco) é um grupo arqueológico único em seu gênero na região. Trata-se de depressões ou buracos naturais gigantescos na superfície do terreno que foram utilizados para construir, em seus contornos, terraços ou plataformas agrícolas com seus respectivos canais de irrigação. Em cada nível, era plantado um produto diferente, de acordo com a temperatura ideal para tal. Cada vez que descemos um nível, o clima vai ficando mais quente. É, portanto, um protótipo de estufa ou estação experimental biológica bastante avançada para seu tempo. Ajudou o homem andino a consumir diversas variedades de batatas, milhos e outros produtos. O milho é uma atração à parte no Peru. Seus grãos são imensos e de várias cores.

Salineiras ou "minas de sal”, localizadas a noroeste do povoado de Maras. Estão constituídas por uns 3000 poços pequenos com uma área, em média, de uns 5 m². Durante a época da seca se enchem ou "regam", a cada 3 dias, com água salgada que emana de uma nascente natural localizada na parte superior dos poços, para que, ao evaporar-se a água, o sal nela contido se solidifique paulatinamente. Posteriormente, o sal é batido e assim granulado; será depois ensacado em sacos plásticos e enviado aos mercados da região. Hoje, esse sal está sendo iodado por isso seu consumo não é daninho.

No segundo dia, fizemos um tour privado com a Glacial Travel. A Van veio nos buscar no hotel às 9h e pagamos 120 soles (60 cada um) ou U$ 40. Visitamos o Vale Sur: Tipon e Piquillacta. Retornamos às 13h.

Segundo as lendas incas, Tipon é um dos jardins reais que Wiracocha ordenou construir. Está formado por 12 terraços flanqueados por muros de pedra polidos e enormes plataformas de cultivo, canais e quedas d'água ornamentais. A construção, combinada com a flora do lugar, oferece uma paisagem linda. O lugar está composto por diferentes setores: Tipón propriamente dito, Intiwatana, Pukutuyuj e Pucará, Cruz Moqo, o cemitério de Pitopujio, Hatun Wayq'o, entre outros. A 25 km ao sudeste da cidade de Cusco (45 minutos de carro pela estrada Cusco-Puno). Diariamente, das 7h às 18h. Uma das atrações do Boleto Turístico de Cusco.
Piquillacta, cidade pré-incaica de cultura huari cujo apogeu foi entre o período de 800 d.C a 1100 d.C. Construída com ruas retas, quadras compridas e edifícios em forma retangular, está rodeada de muralhas e edificações esferóides na zona ocidental. As paredes são altas, feitas com caixas e argamassa de barro e, conforme ascendem, os cimentos vão tornando-se mais finos. A 30 km ao sul da cidade de Cusco. Diariamente, das 7h às 18h. Uma das atrações do Boleto Turístico de Cusco.

No dia seguinte, fomos conhecer o Vale Sagrado, Pisac, Ollantaytambo e Chinchero. A Van saía da praça às 13h30. Voltamos ao final do dia. Passeamos de manhã pela cidade, almoçamos e ainda passamos no hotel, já que era bem central. Pagamos 60 soles cada um. Vale a pena pesquisar. Vimos o mesmo passeio por até 100 soles cada um.

O Valle Sagrado dos Incas, a 15 km ao norte de Cusco, é composto por diferentes rios que descem as ladeiras dos Andes peruanos, monumentos arqueológicos fascinantes e povoados incas que parecem que ainda vivem no tempo da colônia. Devido às suas terras férteis, o vale foi muito apreciado pelos incas, que aproveitaram ao máximo a potencialidade agrícola do lugar. Centros de agricultura foram construídos por toda sua extensão, sendo um dos principais pontos de produção do Império Tahuantinsuyo.
Pisac é um típico povoado inca que serve como ponto de partida para visitar o Valle Sagrado. Divide-se em duas partes bem distintas: o povoado colonial, junto ao rio, e o complexo arqueológico, suspendido no alto de uma montanha. As ruínas de Pisac estão, sem dúvida, entre as mais espetaculares da região de Cusco, principalmente por conta da harmonia encontrada entre arquitetura e natureza. As construções seculares são vistas em grupos de estruturas arquitetônicas dispersas entre as ladeiras do cerro e o seu pico. Arqueólogos acreditam que Pisac foi parte da herança do inca Pachacútec, imperador que ordenou sua edificação. A 32 Km de Cusco. Aberto diariamente, das 7h às 18h. Uma das atrações do Boleto Turístico de Cusco.
Ollantaytambo foi o que mais nos impressionou. Povoado inca que se desenvolveu entre as montanhas. Recebeu esse nome em homenagem ao cacique Ollanta, que, segundo a tradição oral, foi duramente castigado por ter se apaixonado por uma princesa filha do inca Pachacútec. Os principais edifícios do sítio arqueológico situado no alto da colina do povoado são: o Templo do Sol, o Mañaracay, o Salão Real, o Incahuatana e os Banhos da Princesa. Na parte superior, encontra-se uma fortaleza construída para proteger o vale das possíveis invasões de etnias selvagens. Tem que ter fôlego para subir. Uma das zonas mais conservadas do complexo está ao norte da Praça Hanan Huacaypata. A 93 Km de Cusco. Fica aberto diariamente, das 7h às 18h. Uma das atrações do Boleto Turístico de Cusco. Pena que não podemos ficar mais tempo na cidade. O tour já estava atrasado e tínhamos ainda um local a visitar.
O povoado de Chinchero, a 3.762 metros sobre o nível do mar, foi conhecido pelos incas como o lugar onde nasce o arco-íris. Em Chinchero, destaca-se a igreja colonial construída sobre ruínas incas, que guarda telas da Escola Cusquenha de Pintura. Em toda a comunidade existem importantes restos arqueológicos do que foi a casa real de Túpac Inca Yupanqui e um antigo centro agrícola. Todo domingo ocorre a tradicional feira do lugar, onde comerciantes e agricultores intercambiam seu produtos. Situada a 28 Km de Cusco. Diariamente, das 7h às 18h. Uma das atrações do Boleto Turístico de Cusco. Preferíamos ter ficado mais tempo em Ollantaytambo do que ter visitado Chinchero. Com certeza, há locais mais interessantes.
Sacsayhuamán é uma das mais significativas das construções incas. O lugar, que teve uma função militar e religiosa, impressiona com seus enormes muros de pedras de até 5 m de altura e 300 toneladas de peso. Fica a 10 minutos do centro de Cusco. Pode-se ir de táxi.
No dia 22 de março, voltamos para Lima. Agora, nos hospedamos no bairro chique da capital: Miraflores. O hotel escolhido foi o “Hotel Porta”, na Calle Juan Fanning, 337. Por conta própria, sem indicação do taxista e sem o café da manhã, pois sairíamos muito cedo, no dia seguinte, para a cidade do México, pagamos 35 dólares a diária. Contato do hotel: info@hostalporta.com ou http://www.hostalporta.com/.
Nesse dia, caminhamos pela Avenida José Larco. Ao final dessa avenida, há o Larcomar, um centro de compras e lazer de frente para o mar (Pacífico), com cinemas, bares, lojas e restaurantes. A estrutura é incrível. Fica no alto de um barranco. Abaixo, o mar. A vista é bonita. Pena que o local não seja apropriado para banho.

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