México | Cidade do México, Teotihuacan e Guanajuato

sexta-feira, 27 de março de 2009


No dia 23 de março, voamos para a Cidade do México. Chegamos às 13h20. Lá, são 3 horas a menos que o Brasil. O melhor local para ficar na cidade é o Zócalo, área próxima à Praça da Constituição. É bem central e há metrô por perto. Já no aeroporto, fomos até um quiosque de informações ao turista e dali já saímos com o nosso hotel reservado. Dissemos o preço que queríamos e a atendente ligou em 3 locais. Conseguimos o Hotel Los Robles (Rua Uruguay esquina com a Rua 20 de Noviembre) por 375 pesos ou 28 dólares (diária para o casal). O hotel era ótimo (limpo) e ainda tinha internet grátis. Não faça reserva antes. Não compensa. Há muitas opções. Um táxi, do aeroporto até o centro histórico ou Zócalo, custa 120 pesos mexicanos (U$ 10 aproximadamente). Você já paga lá dentro. É mais seguro. Há 3 agências oferecendo o serviço. Pesquise os preços, há diferença no valor. Pegamos, é claro, o mais barato. O trânsito da cidade é bem louco, caótico. Buzinas para todo lado. No aeroporto ou no hotel onde for ficar hospedado, peça um mapa da cidade e um do metrô. Será muito útil, pois a cidade do México é bem grande e populosa e, de metrô, tudo fica perto e fácil de localizar. Para os que preferem maior comodidade, há o Turibus que oferece dois passeios: Centro Histórico e a Rota Sur.

Depois de nos hospedarmos e tomarmos um banho, demos início ao turismo. Já no hotel, pegamos um mapa. Com ele, tudo fica mais fácil. Começamos pelo Santuário de Guadalupe. Tem esse nome porque a Virgem Maria teria aparecido para o índio Juan Diego. Na verdade, são duas basílicas, uma do século XVIII e outra consagrada em 12 de outubro de 1976 – a moderna casa de Santa Maria de Guadalupe. A forma arquitetônica circular responde à sua função principal: acolher aos milhares e milhares de peregrinos de todas as partes do mundo que visitam “la Morenita del Tepeyac”. Fica mais afastada. Saindo do Zócalo (linha azul), pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Desça na estação Hidalgo para fazer a troca de linha. Agora, pegue a linha verde claro, sentido Índios Verdes. Desça em Deportivo 18 de Marzo para pegar a linha vermelha sentido Martín Carrera. É só uma estação até chegar a La Villa-Basílica, onde fica a Igreja. O lugar é feio e bem movimentado, repleto de feirantes e Vans que fazem transporte público. É melhor ir de dia. A basílica é imensa, dividida em duas partes. A entrada é gratuita.

Ao final do dia, ficamos no Zócalo, área próxima ao nosso hotel. A Catedral Metropolitana e o Palácio Nacional são os maiores destaques. Ficam ao redor da Praça da Constituição. A visita ao interior do palácio é gratuita. Foi erguido "em cima" de um antigo palácio asteca, abriga hoje a presidência da República e um museu onde pode-se observar os grandes afrescos de Diego Rivera. Lá, estão retratados os mais importantes eventos históricos do país. A edificação é belíssima.
No dia seguinte (24/03), de manhã cedo, pegamos o metrô no Zócalo (linha azul, sentido Cuatro Caminos), desça em Hidalgo para pegar a linha verde claro, sentido Índios Verdes, estação final. Lá, você encontrará vários ônibus fazendo a viagem até Teotihuacan (“onde os homens tornaram-se deuses”) sítio arqueológico a 40 km da Cidade do México, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987. Teotihuacan foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e seu nome é também usado para se referir à civilização desta cidade dominante, que estendeu sua influência sobre grande parte da Mesoamérica. Neste impressionante sitio arqueológico, visitamos as famosas pirâmides do Sol e da Lua, a avenida dos mortos e a citadela.

A Pirâmide do Sol é a maior das pirâmides da cidade. A sua estrutura é a mais volumosa de todo o recinto e é, também, a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exato onde o Sol se põe. Tem 65 m de altura e, no vértice superior, existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e era totalmente revestida de estuque pintado.
Estudos e escavações conduziram à descoberta de uma gruta sob a pirâmide. A partir desta gruta e através de quatro portas dispostas como pétalas de uma flor, tem-se acesso a outras tantas salas. O acesso à gruta é feito através de um poço com 7 m de altura situado junto às escadas na base da pirâmide. É possível subir até o topo.

Voltamos para a cidade do México por volta das 13h30. O ônibus passa no mesmo lugar em que descemos, em frente à entrada de Teotihuacan. Voltamos, então, para a estação Índios Verdes para pegarmos o metrô, linha verde claro, direto até a estação Coyoacán. Agora, sem baldeações. O nosso próximo destino era o Museu Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana cujos quadros representam fundamentalmente a sua experiência pessoal, em particular os aspectos dolorosos da sua vida que foi em grande parte passada na cama. Somos fã dela. Vimos o filme sobre sua vida. O museu, mais conhecido como Casa Azul, é a casa onde ela passou a infância e, depois, viveu com Diego Rivera, com quem se casou. Ele teria influenciado-a muito em sua carreira. Há inúmeros quadros e pertences. O quarto dela chama a atenção: na cabeceira da cama, fotos de Lênin, Trotski, Mao-Tsé-Tung e Stalin. A entrada custa 20 pesos e fica aberto de terça a domingo, das 10h às 17h30. Estando no Zócalo (linha azul), para chegar ao museu, pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Desça em Hidalgo para fazer a baldeação e pegue o metrô (linha verde claro), sentido Universidad. Desça em Coyoacán. Lá, pergunte para qualquer pessoa onde fica o museu. Todos indicarão o outro lado da rua para pegar um ônibus. São 5 minutos até o local.

No outro dia, fomos conhecer o Paseo de la Reforma, que é imperdível. Para chegar ao local, saindo do Zócalo (linha zul), pegue o metrô sentido Cuatro Caminos. Faça a baldeação na estação Tacuba, pegando a linha laranja, direção Barranca del Muerto e desça na Estação Auditório. Caminhando duas quadras, chega-se ao Parque Chapultepec, onde fica o Castillo de Chapultepec, que abriga o Museu de História Nacional do México, criado em 1938 e que por décadas serviu de residência oficial para os governadores do México. Possui cerca de 90 mil obras de arte como pintura, escultura, desenhos, numismática, documentos históricos, tecnologia, armas e indumentárias e que abrangem longo período da história do México. Sua construção é belíssima.
Como não tínhamos tempo, optamos por entrar no Museu Nacional de Antropologia e História do México, que conta com a coleção "mais rica do mundo sobre arqueologia e etnografia mexicana", e que guarda segredos do passado milenar do México, como o Calendário Asteca e a deusa Coatlicue, deusa da Terra dos Astecas. A sala dos maias é uma das mais impressionantes, já que entre suas paredes estão esteiras e pedras esculpidas de Yaxchilán e o objetos funerários de Pakal, um dos mais importantes reis de Palenque (cidade Maya). O museu completou 40 anos em 2008. A entrada custa 51 pesos ou 4 dólares. Lá, a meia entrada só vale para estudantes do México. Não deixe de visitá-lo.

Uma curiosidade: no Parque Chapultepec, há inúmeros esquilos, já acostumados com a presença humana. Tirei várias fotos, já que nunca tinha visto um antes.
Aproveitamos a estada no México para conhecer Guanajuato, Patrimônio da Humanidade desde 1987. O primeiro ônibus sai às 7h, tem que madrugar. O táxi do hotel até o Terminal Central del Norte, onde compraríamos a passagem, custou 110 pesos (ou U$ 8,50). Há duas empresas, mas apenas a Primeira Plus tem esse ônibus cedo. A cidade fica a 360 Km da capital, são 4 horas de viagem. Chegamos às 11h. A passagem custou 314 pesos (U$ 24). O ônibus oferece um lanchinho: sanduíche e suco ou água. Prática essa bem comum em toda a América do Sul. O Brasil poderia copiar o modelo, tendo em vista o preço que é cobrado nas passagens.

A prata descoberta em 1558 na Mina da Valenciana impulsionou o crescimento da cidade, transformando-a na mais rica do século XVI. Entre 1548 e 1550, o aventureiro espanhol Juan de Rayas, sedento das riquezas que rasgou a primeira mina de prata da região. Um terço de toda a prata que circulou pelo mundo nos duzentos anos seguintes saiu dali. Mas a prata esgotou-se e, como herança, restaram as mansões coloniais e as galerias das minas, uma complexa rede de túneis convertidos à função de vias de tráfego subterrâneo. São verdadeiros labirintos. Aliás, tiramos várias fotografias dessas ruas subterrâneas. Guanajuato é palco de um festival de teatro anual que presta homenagem a Cervantes.
Na verdade, a cidade nos decepcionou um pouco. A parte colonial já não está tão conservada. E falta charme à cidade. Sem cafés, bons restaurantes, cinema... Mas já que estávamos lá, vamos apresentar o que visitamos e gostamos.
Na rodoviária de Guanajuato, já fomos abordados por um simpático nativo que nos deu um mapa da cidade e ofereceu passeios para os pontos turísticos. Indicou-nos, também, o Hotel El Insurgentes, bem no centro. A diária para casal: 450 pesos (ou 35 dólares), sem café da manhã. O pgt pode ser feito em cartão de crédito, o que aliás é raro no México. Na maioria dos locais, o único cartão aceito era o American Express. Então, o ideal é levar dólares e trocar nas casas de câmbio. O táxi até o hotel custava em torno de 33 pesos. O guia perguntou-se se nos importávamos em ir de ônibus, a passagem custava 2 pesos. Que dúvida??? Entramos no ônibus.

Tomamos banho e descemos para almoçar, num restaurante quase ao lado do hotel. A Van para um dos tours oferecidos pelo guia nativo nos pegaria às 13h. O motorista era também o guia. Começamos a visita pela Mina la Valenciana, descoberta em 1558 (grandes quantidades de prata e ouro foram encontradas). No caminho, o destaque é o Hotel Castillo Santa Cecília, hotel 4 estrelas onde ficam hospedados os afortunados e os famosos. Depois, seguimos para a Igreja Templo la Valenciana, conhecida como San Caytano (templo barroco).
Guanajuato herdou dos tempos coloniais (séc. XVI) uma topografia curiosíssima, uma mão cheia de colinas semeadas de casas coloridas, de becos e ruelas com nomes pitorescos: Callejón del Beso (beco caracterizado pela suas ruas tão estreitas que deixam que as varandas das casas vizinhas se toquem permitindo a troca de beijos furtivos), onde nasceu o famoso e revolucionário pintor muralista Diego Rivera, Calle de los Cantaritos, Calle de los Pocitos ou Calle del Sol.

E se o Rio de Janeiro tem seu Cristo Redentor, Guanajuato não o faz por menos. Sobre a abóboda do Santuário de Cristo Rei, no Cerro del Cubilete, ergue-se uma estátua de Cristo Rei. A vista lá de cima é bonita. As casas coloridas ganham destaque nas fotos. Pode-se contemplar a Igreja de San Diego e sua bela arquitetura e cores. Destaque, também, para o Teatro Juárez, construído em 1903, com colunas dóricas. A poucos passos, a Basílica de Nossa Senhora de Guanajuato, o edifício central da Universidade e o adjacente Templo da Companhia, uma impressionante igreja de estilo churrigueresco (barroco mexicano). Próximo, encontra-se o Mercado Hidalgo, repleto de artesanatos e doces típicos da região. Aos fundos do Teatro Juárez, por meio de um teleférico, se chega ao monumento em memória do minerador Juan José Martínez, conhecido como “El Pipila”, de onde se pode apreciar uma vista panorâmica da cidade. Há vários mirantes na cidade. Um bastante visitado é o Cerro de San Miguel, mais afastado um pouco.

Destacam-se, a Alhóndiga de Granaditas, cenário de cruéis batalhas, durante a Guerra da Independência; o Museu e Casa de Diego Rivera, com perto de 100 obras do genial pintor; e o Museu das Múmias.
Gostamos das Galerias de la Inquisición. Esse é bem interessante e está bem caracterizado. O local ainda preserva as salas claustrofóbicas e escuras utilizadas para torturar os prováveis “hereges”. A entrada custa 35 pesos, ou seja, U$ 2,50.
No dia 26 de março, voltamos para a cidade do México. Chegando à Estação Central del Norte, pegamos um táxi até o centro histórico. Dessa vez, ficamos no Hotel Rioja (Rua 5 de Mayo), também próximo à Praça da Constituição. A viagem custou 85 pesos ou U$ 6,50 (pagos em um guichê dentro da estação). Também seria possível pegar um metrô, mas tínhamos pouco tempo. Largamos as malas no hotel (diária 20 dólares e com internet – 1 peso por 20 minutos) e fomos caminhar pé pelas ruas da cidade. Muitos museus e construções coloniais. Impossível não fotografar. Encontramos, então, o Templo Mayor.

Em 1978, durante os trabalhos de construção de uma linha de metrô que cruzava o centro da Cidade do México, foi encontrado um dos maiores sítios arqueológicos da cidade: o Templo Mayor asteca. Esse templo faz parte da antiga cidade de Tenochtitlán, que foi a capital do Império Asteca até a chegada dos colonizadores espanhóis.
Fica bem ao lado da Catedral, entre vários prédios modernos. O templo é um dos mais importantes centros de rituais e sacrifícios do mundo Asteca ampliados ao longo do tempo, desde sua primeira construção em 1325 a.C. Ainda conserva as camadas mais antigas da pirâmide, além de muitos tesouros, tais como esculturas maias, jóias de ouro ou máscaras de jade e turquesa. Desde 1987, também é possível visitar o Museo del Templo Mayor, que exibe as peças encontradas durante as escavações arqueológicas, tal como a estátua da deusa Coyolxauhqui. A entrada é gratuita para todos os estudantes: nacionais e estrangeiros. Basta apresentar a carteira de estudante.

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