Colômbia | Cartagena

segunda-feira, 30 de março de 2009


No dia 27 de março, partimos para Cartagena, na Colômbia. Saímos do México às 15h e chegamos ao novo destino às 23h30. Na Colômbia, são duas horas a menos que o Brasil. O voo teve escala em Bogotá. Lá, a segurança é maior. Abrem nossas bolsas, pedem para tirar o cinto e os sapatos antes de passar no raio x. O aeroporto de Cartagena é pequeno, mas bonitinho. Pegamos um táxi. Ao sair do aeroporto, há um guichê onde você informa o local para onde pretende ir e o atendente já informa o valor imprimindo um boleto, que deve ser apresentado ao taxista. É para ele que pagamos ao final da corrida. O nosso destino era o centro histórico.

Logo que saímos do aeroporto, já é possível avistar o mar. A temperatura é agradável. Em seguida, vimos as muralhas (são 9 km cercando a cidade).
Em 1586, Cartagena já era o maior porto do Mar do Caribe, e a coroa espanhola deu ordens de erguer a extensa barreira de pedra depois que o pirata Francis Drake manteve a cidade sob sítio. Foram dois séculos de construção. Hoje, Las Murallas circundam um dos mais belos e bem preservados conjuntos arquitetônicos coloniais do mundo, Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Ao chegarmos no centro, tivemos um pequeno problema com o taxista. A corrida valia 9.000 (US$ 4). Nós demos uma nota de 10.000 e ele quase foi embora sem o nosso troco. Tive que ganhar o troco no grito. Ainda bem que o charme da cidade compensou a raiva que passamos. À noite, é belíssima. Descemos próximos à Praça Simon Bolívar, mais conhecida como Praça da Catedral. Fomos procurar um hotel, pois não tínhamos feito reserva. O ruim é que já era mais de meia-noite (chegamos no aeroporto às 23h30) e, à noite, todas as ruas se parecem. Caminhamos um pouco até decidir pelo Hotel Central (calle de la Iglesia, nº 35-28). A senhora que nos atendeu pediu 50.000 pela noite, pechinchamos para 40.000 (US$ 19) e deu certo. Depois, descobrimos que nem isso valia. O ambiente é familiar, as donas são bem simpáticas, deixamos nossas roupas para lavar e até almoçamos peixe, no dia seguinte, no restaurante que também são das mesmas proprietárias. Mas o hotel é bem simples e um pouco escuro.
Procurando outros hotéis, vimos alguns melhores pelo mesmo preço. Quem quer algo barato, tem que procurar muito. A maioria é bem caro, estilo “spa”. Mudamos, então, para o Hotel Las Vegas de Cartagena (calle San Agustín, 608 – Telefone: 6645619). Pagamos 60.000 (US$ 27) por noite. Esse tinha ar condicionado. Nada de café da manhã. Poucos oferecem e, quando há, é apenas o café continental (café, suco, torrada ou pão, geléia e manteiga). Não vale a pena. Melhor fazer compras em um supermercado e fazer o seu café da manhã no quarto ou comer na padaria mais próxima.
A cidade está dividida entre o lado histórico e o moderno e é motivo de orgulho para os colombianos. Lá está localizada a casa do escritor Gabriel García Márquez. O ideal é ficar no bairro histórico. O lugar é bem charmoso, repleto de casas coloridas, tipicamente espanholas, com varandas repletas de flores. É comum ver casas com grandes pátios e jardins em seu interior. A muralha foi construída na época da colonização para espantar inimigos interessados no rico comércio local. É possível caminhar pela muralha e, sem dúvida, obter os melhores cenários para fotos. De cima da muralha se vê de um lado todo o mar do Caribe e a parte moderna da cidade, do outro.
Também fazem parte do cenário as “palenqueiras”, que lembram nossas baianas com suas roupas bem coloridas. Elas equilibram um tabuleiro na cabeça onde carregam os doces e guloseimas típicos da região.
O centro histórico está realmente bem conservado. Andar pelas ruas da cidade é um prazer. Reserve fôlego para caminhar bastante. Merecem destaque as seguintes igrejas: Iglesia San Pedro Claver (construída no início do século XVII pelos jesuítas, as estruturas levam o nome do defensor dos escravos que viviam em Cartagena. A fachada é imponente, feita de tijolos claros. No mesmo local também funciona o museu arqueológico da região), Iglesia Santo Toribio de Cartagena, Iglesia La Trinidad e Iglesia de la Tercera Orden; e os conventos de Santa Clara, de San Diego e de La Popa.
O Palácio de la Inquisicion (hoje museu) é um exemplo da arquitetura civil de Cartagena do século 18, com fachada barroca. Em seu interior estão distribuídos cômodos que funcionaram como celas e câmaras de tortura. A inquisição foi instaurada em Cartagena em 1610. O espaço foi utilizado até 1811 quando começou o movimento contra as prisões e os inquisidores foram expulsos.
Há, também, o Museu Naval e o Museu Del Oro.
O Teatro Heredia, construído sobre as ruínas da antiga Iglesia de La Merced de 1625, foi inaugurado em 1911. É uma bela com construção.
Depois de caminharmos bastante, pagamos um tour que saía às 13h30 (30 mil pesos colombianos, ou US$ 14 para nós dois) que levou-nos até o Castillo de San Felipe de Barajas e ate o Convento de La Popa, já que são locais mais distantes. O castelo é um dos maiores monumentos de Cartagena, considerado a melhor obra de engenharia militar espanhola na América e foi originalmente construída em 1563. Algumas modificações e ampliações ocorreram em 1657. Entre os destaques da estrutura estão a entrada principal, a Plaza de Armas e as muitas galerias subterrâneas, que antes serviram como depósito de pólvora e armas. Caminhamos por ele. O acesso é bem fácil. O convento está localizado na parte mais alta de Cartagena, o que oferece uma bela vista da cidade, do mar de Cartagena e da Ilha de Tierrabomba. Foi escolhido para a fundação do convento dos Agostinos em 1607. No interior do local, um amplo pátio em estilo espanhol. O tour só é válido porque visita esses dois locais. No retorno, não mostra praticamente nada da charmosa cidade velha. Por sorte, já tínhamos percorrido suas ruas.
A cidade é repleta de universidades, cafés, restaurantes e hotéis. Os guias ficam próximos à Torre do Relógio (Torre del Reloj), a principal entrada da cidade fundada em 1533.
Em frente a essa torre, fica o Mercado Las Bóvedas. Mais de 40 arcos formam a fachada deste ex-quartel-general, que hoje abriga lojas de artesanatos e doces colombianos. No local, o turista pode encontrar os melhores preços para comprar as famosas bonequinhas colombianas, artesanato em cerâmica e em tecidos. Próximo, fica também a bela Plaza de la Aduana.
Outra praça é a de Santo Domingo, repleta de bares e cafés. Nela encontram-se La Gorda, obra de Fernando Botero e a Iglesia de Santo Domingo. Fernando Botero é um pintor colombiano, nascido em 1932, na cidade de Medellin. E suas obras satíricas, políticos, militares e religiosos, músicos e a realeza são retratados com figuras rotundas e sem movimento, assumindo a característica de vida humana estática. De natureza humorística à primeira vista, as pinturas de Botero são geralmente um comentário social com toques políticos.
A Iglesia de Santo Domingo é a mais antiga da cidade. Em sua fachada, uma porta monumental adornada com uma imagem de Santo Domingo. No interior, os adornos seguem o estilo barroco. Os artigos mais valiosos do local são as imagens de Cristo e da Virgem Maria talhadas em madeira – ambas foram feitas no século 19.
Os guias usam um crachá de identificação. Compramos com o guia Andres (telefone: 312 6826302) também outro passeio para o dia seguinte. Fomos para Playa Blanca. O passeio para nós dois custou 50.000 ou US$ 23 (valor pago ao guia que nos dá o tíquete) e incluía almoço (peixe, arroz e salada). Mas a entrada no Parque Nacional Natural da Colômbia, na Baía de Cartagena, de onde parte o barco, é paga separadamente. Para cada um, o valor é de 5.000 (US$ 2,3).
O mar é belíssimo. Há diversas ilhotas, algumas com uma única e imensa casa. Passamos por um aquário em uma delas. A parada ali é dispensável, mas o jeito era acompanhar. Ficamos mesmo impressionados quando começamos a seguir para Playa Blanca. As águas são tão cristalinas, variando entre os tons verdes e azuis, que mal podíamos acreditar em tanta beleza. A praia é repleta de coqueiros, tem uma areia branca bem fininha e um mar bem calmo. Um verdadeiro paraíso.
Uma pena foi o tempo que ficamos lá: apenas uma hora. A distância até Cartagena é grande e tínhamos que voltar antes de anoitecer.
No dia seguinte, fomos conhecer Playa de Santa Marta, a 3 horas e meia de Cartagena. Tivemos que acordar cedo. A Van nos pegou às 6h da manhã, na Torre do Relógio. A empresa que faz o passeio é a MarSol (telefones: 6564192 / 6564270) por 74.000 (US$ 34) por pessoa, ida e volta. São 4 horas de viagem.
A praia é bonita, combinando um cenário de montanha e mar. A água é bem azul. O único problema são os vendedores que não deixam os turistas em paz.
Aos arredores, outros locais merecem ser visitados pelos turistas: Ilha da Providência, Praia de San Andrés e Praia Cristal.
Ao final do dia, retornamos. O último ônibus para Cartagena sai às 17h, da agência de turismo, mesmo local em que descemos ao chegar. São apenas 3 quadras da praia.

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